Covenant Protestant Reformed Church
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Os Pactos Sumarizados

Rev. Ronald Hanko


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1

Cremos que temos mostrado, a partir da Escritura, que os diferentes pactos mencionados na Escritura não são pactos separados, mas revelações diferentes de um único pacto eterno de Deus. Desejamos resumir agora o que escrevemos anteriormente listando os diferentes pactos e o que cada um deles mostra como uma revelação desse único pacto.

A primeira revelação do pacto foi a Adão no paraíso. Esse pacto poderia ser chamado de O Pacto da Vida, visto que relevou o caráter essencial do pacto. Ele mostrou o que era o pacto, revelou Deus como o Senhor soberano do pacto, e claramente delineou o lugar do homem no pacto (Gn. 1; Gn. 2; Os. 6:7).

A segunda grande revelação do pacto foi a Adão após a queda. Esse pacto poderia ser chamado de O Pacto da Promessa. Ele revelou Deus como o Deus fiel e guardador do pacto, que mantém o seu pacto com o seu povo pelo poder da graça soberana e redentora (Gn. 3, especialmente o v. 15). Nele Cristo é revelado como a Semente prometida e o grande Sacrifício (vv. 15, 21).

A terceira revelação importante foi a Noé. O pacto é melhor lembrado como O Pacto da Criação. Nele, Deus revelou o caráter universal do seu pacto, incluindo não todos os homens, mas toda a criação (Gn. 9:1-17). Nele Cristo é revelado como o Reconciliador e Senhor de toda a criação (Gn. 9:15-16; Cl. 1:20).

A quarta revelação foi a Abraão. Esse pacto poderia ser chamado também de O Pacto da Família, visto que mostrou mais claramente que qualquer coisa anterior que o pacto de Deus é um pacto absolutamente familiar (Gn. 15; Gn. 17). O Pai revelou a Abraão através do seu Filho que ele, Deus, seria o Deus dos crentes e dos seus filhos.

A quinta grande revelação foi a Israel. Visto que a entrega da lei foi a característica principal dessa revelação, esse pacto poderia ser chamado de O Pacto da Lei. Nele Deus revelou que a lei e o pacto não são opostos, mas andam juntos (Ex. 19; Ex. 20; Gl. 3; Gl. 4). Ele mostrou a Israel que era a lei que definia e estabelecia os limites para as nossas vidas como o povo pactual de Deus.

A sexta e última revelação no Antigo Testamento foi aquela a Davi, e poderia também ser lembrada como O Pacto do Reino. Nele Deus revelou especificamente a estrutura ordenada do seu pacto (II Sm. 7; Sl. 89), bem como o lugar único de Cristo como Cabeça e Senhor soberano do pacto.

Ainda, o próprio Novo Testamento como um todo é chamado de o novo pacto, não porque nele há um pacto inteiramente diferente, mas porque existe uma nova revelação do pacto, não de tipos e sombras, mas das realidades às quais esses tipos apontavam (Hb. 8). Aqui, finalmente, Cristo vem com todas as suas bênçãos e cumpre os tipos e sombras.

Agora nós ainda esperamos o dia da consumação do pacto, quando o pacto será realizado em toda a sua plenitude. Então o tabernáculo de Deus estará com os homens; ele habitará com eles e estará com eles como o seu Deus, e eles serão o seu povo (Ap. 21:3).

Fonte (original): Doctrine According to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, pp. 183-184.

1E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em fevereiro/2007.

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